© FABRICIO ALMEIDA
Ao longo de 144 países, a estimativa é que existam quase 8 mil picos de surf (Surf Forecast). A população mundial de surfistas é estimada em 50 milhões de pessoas que amam e querem proteger os seus picos favoritos.
Sendo considerado um Serviço Ecossistêmico de base Cultural – fornecendo benefícios em termos de saúde, sociais e econômicos, os Ecossistemas de Surf são ativos valiosos na batalha global para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU – em especial o ODS 14 que trata do oceano.
O QUE É?
Um ecossistema de surf é formado por três componentes básicos: lugar, biodiversidade e pessoas. O lugar abrange o componente geofísico que inclui a geografia, a batimetria do fundo, o corredor de ondulação, os corpos d’água e todos os fatores que fazem a uma onda de qualidade especial quebrar. O componente biológico integra a biodiversidade de fauna e flora do local. Por fim, as pessoas que vivem a cultura e estilo de vida do local também integram o ecossistema de surf. Essa simbiose ou interatividade são fatores que tornam cada lugar único e que valem a pena proteger.
Em alguns países ondas icônicas tem recebido proteção legal (Estudo disponível aqui)
Nível local:
- Estados Unidos – Califórnia Coastal Act
- Austrália – New South Wales Crown Lands Act (1989), Heritage Act 2017 em Bells
- Espanha – Mundaka foi listada pela UNESCO como Reserva da Biosfera
- Brasil – Regência (ES) – Aprovada em agosto de 2024, uma lei que instituiu os Direitos das Ondas da Foz do Rio Doce, no município de Linhares
Nível nacional:
- Nova Zelândia – New Zealand Coastal Policy Statement (2010) que garante proteção a 17 picos de surf de significância nacional
- Peru – Ley de Rompientes (2001) pela qual as praias são incluídas no Registro Nacional para a Proteção dos Picos de Surf garantindo que nenhum outro uso será de direito na área, além de restrições ao uso do entorno