© CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL / FLAVIO FORNER
NOSSA HISTÓRIA
A motivação para desenvolver o PBRS surgiu em 2015 quando o articulador das National Surfing Reserves da Austrália, Andrew Short, esteve no Brasil e notou o potencial para criação de Reservas Nacionais de Surf no país. Desde então os membros do Instituto APRENDER Ecologia estão trabalhando no seu desenvolvimento, fortalecendo uma iniciativa que o Instituto já desenvolvia desde o ano de 2003 por meio do Projeto Surf em Unidades de Conservação.
O PBRS foi planejado e desenvolvido a partir de uma visão sistêmica para que possa influenciar nos contextos político, social, econômico e ambiental, além de desenvolver conectividade e interatividade, promovendo ações voltadas para a consecução dos objetivos das Reservas Nacionais de Surf e também o desenvolvimento de fluxos de comunicação e interações entre pessoas e organizações.
Como diferencial estratégico, sua formulação foi realizada de forma integrada e participativa, envolvendo pessoas e organizações com experiência, potencial de cooperação e de liderança na zona costeira brasileira.
Entre os anos de 2019 e 2021 foram realizados três workshops distribuídos entre as regiões sudeste, sul e nordeste, envolvendo cerca de cem lideranças ligadas ao surfe, ao socioambientalismo e à academia. Destes eventos, que foram possíveis devido ao apoio de instituições como o Instituo Linha D’água, a Fundação SOS Mata Atlântica, Ecosurf e a Save The Waves Coalition, surgiu o documento que estrutura o PBRS.
Em 2022, a Conservação Internacional Brasil se juntou à esta missão e vem sendo uma parceira importante para o desenvolvimento do PBRS. A APRENDER e a CI Brasil participaram de importantes eventos para o fortalecimento do programa, como nas etapas do circuito mundial de surfe em Saquarema-RJ e a parceria com a iniciativa Surf Conservation da Conservation International que têm buscado oportunidades de ação.
O ano de 2023 trouxe outras parcerias essenciais, como a subvenção da WSL One Ocean para a realização da reunião de formação do Conselho Estratégico e Técnico Científico do programa e outras ativações socioambientais em Saquarema durante o circuito mundial. Em 2024, a parceria continuou com a realização de ativações voltadas a conscientização sobre a importância da conservação dos ecossistemas de surfe para a proteção das ondas.
O ano de 2024 foi incrível para o Instituto APRENDER Ecologia e o PBRS, pois foi quando houve o lançamento da primeira Chamada Pública para a seleção de Reservas Nacionais de Surfe. A série entrou e quatro praias foram eleitas!
CRITÉRIOS PARA RECONHECIMENTO DAS RESERVAS DE SURF
Durante o processo de elaboração do PBRS foram estabelecidos quatro critérios, inspirados no Programa Mundial de Reservas de Surf. Os critérios serão avaliados através de candidaturas submetidas ao PBRS durante a Chamada Pública realizada anualmente.
Qualidade e consistências das ondas e da ondulação
Cultura, história e desenvolvimento do surf
Características Socioecológicas do ecossistema de surf
Engajamento comunitário, capacidade de governança e sustentabilidade
A proposição de Reservas de Surf não se resume apenas ao reconhecimento de um espaço territorial para manter a qualidade de ondas icônicas.
Trata-se da criação e desenvolvimento de uma identidade que seja percebida e apropriada pela comunidade do surf local como algo que se estabeleça no tempo e contribua significativamente com a preservação da cultura do surf, a integridade dos ecossistemas e o desenvolvimento sustentável de onde estão localizadas. A área de uma Reserva de Surf está relacionada com um ou mais ecossistemas de surf e a capacidade de sua gestão.